英国临床医学课程论文
时间:2016-03-31 22:23:32 来源:www.ukthesis.org 作者:英国论文网 点击:52次
临床医学课程
Com o objectivo de contextualizar o tema do trabalho, no ambito da disciplina ser?o aportados conceitos como o envelhecimento, o conceito de sexualidade, a sexualidade na terceira, as representa??es sociais, os mitos e os estereótipos em rela??o à sexualidade no idoso, assim como os factores psicossociais que poder?o afectar negativa ou positivamente a sexualidade nesta etapa da vida. Também ser?o abordadas todas as altera??es fisiológicas no organismo do homem e da mulher nomeadamente a menopausa e andropausa que v?o afectar a sexualidade nesta faixa etária. Outro ponto importante também referido no decorrer do trabalho refere-se à problemática realizada em torno da sexualidade do idoso institucionalizado. assim como as reprodu??es sociais geradas pela sociedade acerca da homossexualidade na terceira idade. O envelhecimento é um processo indutivo de várias mudan?as no indivíduo, ao nível físico, mental e social. Estas mudan?as tendem a afectar a express?o da sexualidade, na medida em que se torna necessário para o sénior redefinir objectivos, reconhecendo que está numa nova fase do ciclo vital, e que tal como as anteriores, está associada a determinados factos, crises de desenvolvimento próprias da fase em quest?o. O peso dos anos depende do significado que cada um lhe atribuir. Para muitos, ser idoso pode ser sinónimo de sabedoria e experiência a todos os níveis.#p#分页标题#e# Relativamente à sexualidade, n?o está de modo algum comprovado que esta termine na terceira idade. Vejamos, o termo sexualidade n?o é sinónimo de acto sexual. A sexualidade envolve muito mais, ela pressup?e amor, carinho, sensualidade, fantasia e inteligência. é importante saber que o envelhecimento n?o compromete necessariamente a sexualidade.
é um processo de deteriora??o endógena e irreversível das capacidades funcionais do organismo. é um fenómeno inevitável, inerente à própria vida, equivalente à fase final do desenvolvimento diferencial do homem. Apesar de ser um fenómeno universal, n?o afecta todos os indivíduos da mesma maneira, n?o envelhecendo de modo idêntico nem ao mesmo ritmo. Como nos diz Oliveira (2005), é comum encontrarmos metáforas que sugerem defini??es do conceito de envelhecimento, quer de um ponto de vista mais positivo ou, contrariamente mais negativo. Assim, é frequente ouvirmos express?es como: idade crepuscular, entardecer, poente, cair do sol, Outono da vida, rio que chega ao mar, cume da montanha, idade da colheita, coroamento da vida, idade da saudade, infancia revisitada, idade das perdas, morte à vista, tempo de luto, entre tantas outras, as quais interpretadas e analisadas na sua essência, revelam alguns aspectos que est?o associados à defini??o do conceito (a sabedoria, a grandeza, a beleza, a morte, a dor, o luto etc.). Ainda de acordo com Oliveira (2005:24), do ponto de vista científico, os autores definem o envelhecimento, como um processo que devido ao avan?ar da idade, atinge toda a pessoa, bio-psico-socialmente considerada, isto é, todas as modifica??es morfo fisiológicas e psicológicas, com repercuss?es sociais, como consequência do desgaste do tempo. Na mesma linha de pensamento, Rosa (1996:9), diz-nos que o envelhecimento humano pode ser entendido como um processo individual resultante de altera??es biológicas, psicológicas ou outras provocadas pela idade. O envelhecimento, conforme Fontaine (2000:14), corresponde ao conjunto de processos (...), que o organismo sofre após a sua fase de desenvolvimento. O envelhecimento n?o é sinónimo de velhice. Este último é o estado que caracteriza um grupo de determinada idade, o das pessoas com mais de sessenta anos, diz ainda que o envelhecimento é um processo de degrada??o progressiva e diferencial que afecta todos os seres vivos e o seu termo natural é a morte do organismo. A Organiza??o Mundial de Saúde (OMS), considera fases distintas na velhice, tomando como ponto de partida o aumento da esperan?a de vida e a consequente longevidade do indivíduo. Assim, reconhece a idade madura (dos 60 aos 69 anos), a idade avan?ada (dos 70 aos 89 anos) e a grande idade (a partir dos 89 anos).#p#分页标题#e# Poirier (1995:99), encara a velhice como um processo inelutável caracterizado por um conjunto complexo de factores fisiológicos, psicológicos e sociais específicos de cada indivíduo", sendo que, "certos idosos est?o mais envelhecidos, outros parecem mais jovens e há ainda os que sentem n?o ter qualquer utilidade. Fernandes (2000), encara a velhice como um conjunto de vivências, experiências, sentimentos e conhecimentos adquiridos ao longo do ciclo vital, tendo em conta os aspectos físicos, sociais e culturais inerentes a cada indivíduo. Os conceitos de envelhecimento e velhice encontram-se em estreita liga??o, sendo mesmo impossível definir objectivamente cada um deles. Deste modo, será legitimo afirmar que s?o dois conceitos que se complementam e contribuem para o melhor conhecimento da pessoa idosa, sem contudo haver uma concordancia unanime por parte dos estudiosos acerca do significado destas realidades. O envelhecimento/velhice, traduz-se numa realidade universal, comum a todos os seres vivos e de carácter multidimensional. Birren, (1999), refere mesmo que o envelhecimento é um dos maiores e mais complexos desafios que a ciência tem que enfrentar, dada a multiplicidade de fenómenos que lhe est?o inerentes.
Novaes (1999:39), defende que o século XX será lembrado por três grandes inova??es: meios sem precedentes de salvar, prolongar e intensificar a vida; meios poderosos de destruir a vida pondo em risco o mundo; percep??es amplas da natureza, de nós mesmos e do universo. Conforme Nazareth (1997), o envelhecimento n?o se trata de uma doen?a nova, mas sim do confronto com uma realidade que é o aumento contínuo das pessoas idosas, quer em termos absolutos, quer relativos. O envelhecimento, consiste num processo gradual a que todos os seres humanos est?o sujeitos. Caracteriza-se por um conjunto de factores de ordem fisiológica, psicológica e social inerentes ao indivíduo, pelo que assume uma forma diferente de pessoa para pessoa. Segundo Costa (2002), ao longo do envelhecimento há uma perda progressiva de capacidades do corpo que n?o se renovam. A transforma??o dos processos sensoriais perceptivos, cognitivos e afectivos, a altera??o na auto-imagem e no papel social, a perda de autonomia, a solid?o, o isolamento, a inactividade e as altera??es resultantes do padr?o familiar tradicional determinam necessidades de saúde sobre as quais urge reflectir, estudar, debater e fazer o idoso falar.#p#分页标题#e# Maclennan e Lye (1997), citados por Malvar (2002:26), defendem que qualquer teoria proposta terá de obedecer a quatro critérios, ou seja, o processo de envelhecimento tem que ser intrínseco, destrutivo, progressivo e universal em rela??o à espécie. Os autores consideram ainda que a teoria que melhor explica o envelhecimento é a do mecanismo do estroma descartável, a qual preconiza que muitos dos aspectos do envelhecimento, assentam na impossibilidade das células do organismo, fazerem face às variadas agress?es ambientais, ficando incapazes de se regenerarem. Berger e Mailloux - Poirier (1995), consideram quatro aspectos diferentes, mas de certa forma interrelacionados, no que respeita à abordagem do envelhecimento:
Envelhecimento físico em que se verifica a perda progressiva das capacidades organicas e corporais. Conforme referem Nazareth (1999) e Poirier (1995), estes mecanismos est?o na base das teorias do envelhecimento sob o ponto de vista da biologia, as quais explicam este fenómeno numa perspectiva que apenas contempla os aspectos biológicos do indivíduo. S?o elas a: Teoria imunitária, segundo a qual parece n?o haver distin??o, por parte do sistema imunitário, entre as células saudáveis e as substancias estranhas ao organismo, situa??o que conduz ao envelhecimento. Teoria genética, segundo a qual o envelhecimento integra o código genético dos indivíduos, estando programado biologicamente sob a forma de um contínuo (embriogenese, puberdade e matura??o), desde o nascimento até à morte. Teoria do erro da síntese proteica, que refere a possibilidade de modifica??es na molécula de ADN, as quais alteram a informa??o genética levando à síntese de proteínas incapazes de desempenhar a sua fun??o e consequentemente ao envelhecimento. Teoria do desgaste, que defende que os vários sistemas do organismo humano se danificam à medida que desempenham as suas fun??es ao longo do tempo.#p#分页标题#e# Teoria dos radicais livres, explica o envelhecimento através do aparecimento de produtos tóxicos no organismo como resultado da peroxida??o dos ácidos gordos n?o saturados pelos radicais livres. Este mecanismo provoca o envelhecimento celular, principalmente ao nível dos neurónios e das fibras musculares, conduzindo à sua decadência funcional. Teoria neuro-endócrina, que atribui o envelhecimento à progressiva falência do sistema endócrino relativamente às diferentes fun??es organicas. A par das teorias explicativas do envelhecimento biológico, existem teorias respeitantes ao envelhecimento psicossocial, as quais abordam outras dimens?es deste fenómeno, Poirier (1995): Teoria da actividade, que defende que a pessoa idosa deve continuar activa para alcan?ar a maior satisfa??o possível e preservar a sua saúde, o que por vezes implica identificar e adoptar novos papéis. Teoria da desinser??o, a qual refere que o envelhecimento está associado ao afastamento progressivo do indivíduo face à sociedade e vice-versa, o que conduz a uma desinser??o recíproca. Teoria da continuidade, que diz que o idoso continua nesta fase do ciclo vital, com os seus hábitos, gostos e características anteriores, os quais integram a sua personalidade ainda que tenha que desenvolver alguns mecanismos de adapta??o. Sendo o envelhecimento um fenómeno complexo e multidimencional, n?o existe uma teoria explicativa consensual e universal, contudo, tanto factores de natureza fisiológica, psicossocial e mesmo cultural, podem contribuir para melhor perceber esta fase da vida do ser humano.
Woods (1995), considera ser a sexualidade um fenómeno que envolve a pessoas no eu todo e que abrange uma complexa interac??o da variáveis biológicas, psicológicas e socioculturais. Por sua vez Sorensen (1998) afirma ser a sexualidade o estado ou a qualidade de ser sexual. Refere-se às características que marcam a diferen?a entre o macho e a fêmea. De uma forma holística, o termo sexualidade engloba alguns significados: a procura de prazer sexual, a reprodu??o, a necessidade de amor, a realiza??o pessoal e a tomada de consciência da sua identidade sexual.#p#分页标题#e# A sexualidade, bem como todos os sentimentos e sensa??es que lhe est?o associados sempre fizeram parte da história da humanidade quer de uma forma mais subtil, quer de uma forma mais clara e explícita. Várias obras de arte da antiguidade, ou mesmo desenhos da pré-história retratam o corpo humano com ênfase nos org?os genitas (principalmente os masculinos). S?o igualmente encontradas referencias ao estudo do amor e do apetite sexual desde a Idade Antiga, nos escritos do filósofo Plat?o, que identificava Eros como o Deus do amor e dos apetites sexuais e dos instinto básico da vida, responsável pela atrac??o entre os corpos. Ao longo dos tempos a express?o e vivência da sexualidade tem estado associada a conceitos de pecado e a ideias pré-concebidas, resultantes da rigidez ético-moral da Igreja Católica vigente essencialmente da sociedade ocidental. O estudo da sexualidade humana teve o seu grande contributo com Sigmund Freud. De acordo com este cientista e investigador, o desenvolvimento da sexualidade está presente desde a infancia, sendo ele, o primeiro a referir que as crian?as se masturbavam em busca de prazer, inicialmente tratar-se-ia de prazer oral, depois de prazer anal e posteriormente de prazer genital. Freud referiu-se a Eros, o Deus de Plat?o como a Líbido, a for?a vital do amor. Masters e Johnson foram os primeiros a fazerem um estudo científico sobre os aspectos fisiológicos do comportamento sexual. Estes autores comprovaram que a reac??o sexual é um fenómeno cíclico - Ciclo da Resposta Sexual Humana - composto por quatro fases: fase de excita??o, fase de plataforma, orgasmo e fase de resolu??o. Reconheceram, através das suas pesquisas, que n?o há limite de idade para a prática do comportamento sexual. No entanto, a sexualidade abarca muito mais do que a resposta sexual humana, envolve uma séria de sentimentos, emo??es, afectos e sensa??es que acompanham o indivíduo no seu dia-a-dia ao longo de todo o seu ciclo vital.
A sexualidade conhece ao longo da vida diferentes fases de acordo com as etapas fisiológicas inerentes ao desenvolvimento do indivíduo: infancia. Adolescência, fase adulta e velhice. Fuentes e Lopez (1999), consideram que até a adolescencia, se verifica uma evolu??o semelhante em todas as crian?as uma vez que os processos biológicos e as fases sociais pelas quais passam s?o praticamente idênticos. Porém depois da adolescência e durante toda a idade adulta, os indivíduos seguem percursos diferentes, manifestando um maior número de diferen?as entre si.#p#分页标题#e# Tal como em todas as etapas da vida a sexualidade do idoso é influenciada por uma série de factores: físicos, psicológicos e biográficos de um indivíduo, da existência de um/a companheiro/a, dependem também do contexto sociocultural onde se insere o idoso. Fuertes e Lopez (1989), mostram que culturalmente, os relacionamentos sexuais têm sido considerados comportamentos exclusivos das pessoas jovens, saudáveis e fisicamente atraentes. A concep??o de que os idosos também possam manter actividade sexual n?o é bem aceite socialmente, preferindo-se mesmo ignorar a sexualidade da pessoa idosa. Apesar destes conceitos culturais, durante a velhice, é frequentemente conservada, a necessidade psicológica de manter viva a sexualidade, n?o podendo delimitar-se a uma idade própria para que a actividade sexual, os pensamentos sobre sexo e o desejo sexual terminem. Limentani (1995) citado por Custódio (2008), diz que os idosos se distanciam e se esquecem do próprio corpo, tanto mais quanto na infancia, a sociedade preconizar que a sexualidade deve ser ignorada na velhice. A par desta situa??o, refere ainda que persiste o problema de grande parte da literatura médica incidir sobre as vivências da sexualidade baseadas exclusivamente no coito, ignorando ou n?o concebendo outros comportamentos ou práticas igualmente impulsionadoras de prazer e desejo. Investigadores, como Kaiser (1996), realizaram uma revis?o dos últimos trabalhos publicados até ent?o sobre a actividade sexual na Terceira Idade. Entre esses estudos destaca-se o de Pfeiffer (1968), que encontrou, em 95% com idade entre os 46 e 50 anos, uma frequência semanal de relacionamentos sexuais, baixando essa frequência para 28%, nos homens entre 66 e 71 anos. No caso das pessoas idosas casadas, verificou-se que 53% dos casais com idade de 60 anos se mantinham sexualmente activos, o mesmo acontecendo a 24% daqueles cujas idades eram superiores a 76 anos. Nestes estudos verificou-se igualmente que a actividade sexual mais frequente entre os idosos era as carícias, os toques, e finalmente, o coito. Esta investiga??o, revelou ainda, ser frequente a masturba??o em 74% dos homens e 42% das mulheres estudadas e que tanto os homens como as mulheres sexualmente activas na idade madura, eram pessoas que tinham tido mais parceiros (as) sexuais e maior actividade sexual na juventude. Lima (2006), indica-nos que o avan?ar da idade é um factor relevante nas altera??es do desejo sexual, tanto para os homens como para as mulheres. Aponta ainda, que os comportamentos sexuais sofrem um notório declínio ao longo da vida. Outros autores como Masters e Johnson (1994), designados por Lima (2006), consideram que a idade n?o interfere no desejo sexual feminino. O facto dos resultados das investiga??es serem controversos deve-se, por um lado, à diversidade de formas de medir e operacionalizar o comportamento e o desejo sexual e, por outro lado, à influência mediadora de outras variáveis Lima (2006).#p#分页标题#e# Algumas das variáveis que podem ser apontadas como comprometedoras da actividade sexual na idade madura s?o as que se seguem:
A ausência ou n?o de companheiro (a). Pode-se afirmar que existem diferen?as individuais significativas quanto à sexualidade na terceira idade, as quais têm na sua base factores como as características das rela??es sexuais na juventude, as próprias altera??es fisiológicas do envelhecimento, o estado de saúde do indivíduo, a influência da medica??o, a existências de altera??es do foro da psicopatologia, variáveis psicossociais, a existência de um parceiro(a) estável, a qualidade da rela??o, o funcionamento social e o nível educacional do indivíduo. No que respeita às altera??es fisiológicas próprias do envelhecimento, Fuertes e Lopez (1989), referem que estas altera??es verificam-se de formas distintas e em tempos diferentes, e n?o devem ser, de forma alguma, classificadas de decadência sexual, uma vez que a sexualidade n?o se restringe apenas à vertente meramente genital, coital ou reprodutiva.
Representa??es Sociais, mitos e estereótipos em rela??o à sexualidade dos idosos Na sociedade actual, o poder económico é sinónimo de qualidade de vida, uma vez que tem uma forte identifica??o com lucro e poder de compra. A diminui??o da capacidade produtiva o aumento da dependência e das necessidades próprias da Terceira Idade, contrariam o que é desejável ao bom funcionamento social, levando os idosos a sentirem-se objecto de fracasso e de inutilidade, pelo que s?o frequentemente marginalizados como grupo social, vítimas de preconceitos e estereótipos. Para Berger (1995), os estereótipos traduzem uma percep??o automática, n?o adaptada à situa??o, reproduzidas sem variantes, segundo um padr?o bem determinado e pode ser positivo ou negativo e s?o vários os associados ao velho e ao envelhecimento. Na perspectiva desta autora, os mitos s?o constru??es do espírito que n?o assentam na realidade. S?o representa??es simbólicas que, pela falta de conhecimento em rela??o ao processo de envelhecimento, s?o marcadamente manifestadas pela sociedade. A maioria dos sinónimos associados ao termo velho, aparecem com uma vertente negativa, limitando substancialmente a compreens?o do envelhecimento, contribuindo para edificar e manter as representa??es, os mitos e os estereótipos face aos idosos.#p#分页标题#e# Beauvoir (1970), na sua obra a Velhice, em rela??o aos idosos, profere que a imagem sublimada que fazemos deles, é a do sábio, aureolado de cabelos brancos, rico em experiencia e venerável, que domina do alto da condi??o humana; se se afastam desta imagem, caem por terra: a imagem oposta à primeira é a do velho louco, que n?o raciocina e que divaga e de quem os filhos se riem. De uma maneira ou de outra, pelas suas virtudes ou pelos seus objectivos, situam-se fora da humanidade.
Mauritti, citado por Custódio (2008), aponta dois grandes grupos de representa??es sobre a velhice e o envelhecimento. Por um lado, uma abordagem da velhice negativa, fundamentada nas situa??es de pobreza, doen?a, dependência, solid?o e isolamento social, restringindo o indivíduo, nesta fase da sua vida, a uma existência, desprovida de interesses, oportunidades e integra??o social. Por outro lado, uma vertente positiva da velhice, onde imperam factores como a estabilidade económica, liberdade, disponibilidade e tempo para a recrea??o e o lazer.
Os idosos n?o s?o sociáveis e n?o gostam de se reunir. Sendo o envelhecimento um fenómeno marcado pela complexidade e heterogeneidade, Sim?es (1985), considera que se pode ser velho fisicamente, psicologicamente de meia-idade e jovem socialmente, sendo possível combinar qualquer uma destas três situa??es. Na opini?o de Fonseca e Sousa et al (2004), os idosos s?o encarados, pela sociedade em geral, como doentes e senis, e no caso de o n?o estarem, como seres incapazes e dependentes. Outra ideia muito comum sobra a velhice, é a de que os idosos voltam a ser crian?as nesta fase da sua vida. Assim, s?o muitos os mitos, estereótipos, cren?as e conceitos sobre o velho, a velhice e o envelhecimento, que na sua maioria, s?o de carácter negativo de desvalorizador, o que reduz de forma significativa a imagem e estatuto social do idoso. As atitudes que adoptamos perante o idoso, e a forma como nos relacionamos com ele, condicionam vincadamente a forma como este encara a velhice e todo o processo de envelhecimento. Custódio (2008).#p#分页标题#e# Citando Berger (1995), as principais atitudes negativas face à velhice s?o a gerontofobia, o automorfismo social, o idadismo ou o agismo, e a infatiliza??o ou o bebeísmo. A gerontofobia consiste no medo irracional de tudo quanto se relaciona com a velhice e com o envelhecimento, o que conduz a comportamentos negativos chegando mesmo a atitudes de repugnancia face ao envelhecimento e a tudo o que se lhe relaciona. O automorfismo social traduz-se no n?o reconhecimento da unicidade do idoso. O idadismo ou agisme, diz respeito a todas as formas de discrimina??o com base na idade, ou seja, a sociedade atribui à idade avan?ada a principal causa para estados de doen?a, comportamentos ou situa??es inexplicáveis que acontecem ao idoso. A infatiliza??o ou bebeísmo, refere-se a situa??es muito comuns, quando o idoso, numa situa??o de dependência e perda de autonomia, leva a que seja tratado com diminutivos, como avozinho, mauzinho, etc. Todas estas atitudes, influenciadas por diversos factores como a educa??o, a cultura, a idade, os meios de comunica??o social, entre outros, s?o fortemente desvalorizadoras do indivíduo idoso n?o o respeitando como pessoa humana que é. A par de todas estas cren?as existe o estereótipo cultural de que a sexualidade do idoso termina com a fun??o reprodutora, sendo que a sexualidade desaparece, na mulher depois da menopausa e é quase inexistente no homem idoso (Custódio, 2008). Em oposi??o a esta ideia, Canh?o, citado por Custódio (2008), considera que o processo de envelhecimento n?o conduz a uma fase assexuada do indivíduo, mas sim a uma outra etapa no percurso da sexualidade humana, a qual deve ser merecidamente vivida e apreciada. Porém, face ao desconhecimento e à press?o sociocultural, é frequente os idosos experimentarem sentimentos de culpa e vergonha, chegando-se a considerar pessoas fora da normalidade, por sentirem prazer e vontade de manifestar a sua sexualidade, podendo mesmo renunciar e ocultar a sua sexualidade para n?o se sentirem discriminados. Socialmente, existem estereótipos ou tabus que negam aos idosos a possibilidade de satisfazer as suas necessidades sexuais. Eles próprios podem bloquear os seus impulsos sexuais por causa de preconceitos, o que por muitas vezes conduz a uma contradi??o do que é esperado deles, por parte da sociedade e aquilo que eles realmente necessitam e desejam. Custódio (2008). Citando Sim?es (1985), é um contra-senso que uma sociedade dita liberal, que se sup?e ter superado muitos preconceitos sexuais, rejeite a manifesta??o da sexualidade nos idosos, o que muitas vezes conduz a que os próprios idosos se marginalizem. Lima (2003), refere que muitos dos preconceitos e mitos sobre a sexualidade do idoso est?o generalizados em anedotas e ditos populares, sendo os mais comuns: o coito e a elimina??o de sémen s?o debilitantes e aceleram o envelhecimento e a morte; a vida pode ser prolongada pela abstinência sexual na juventude e inactividade mais tarde; a masturba??o só é praticada por idosos perturbados mentalmente sendo uma característica infantil; depois da menopausa a satisfa??o sexual diminui; os idosos s?o particularmente vulneráveis a desvios sexuais como o exibicionismo e parafilias ; as mulheres idosas que apreciam sexo foram em tempos ninfomaníacas; a maioria dos idosos perde o desejo e a capacidade de ter rela??es sexuais; as pessoas doentes n?o devem ter rela??es sexuais; a execu??o sexual mantém-se igual ao longo da vida; quem deixa de ter capacidade sexual nunca mais poderá voltar a ter; etc.#p#分页标题#e# Fisicamente, com as altera??es próprias do envelhecimento, o vigor físico da juventude já n?o é o mesmo, podendo haver dificuldade de desempenho em ambos os sexos. O homem pode ter maior dificuldade em manter a erec??o, assim como a mulher pode apresentar altera??es ao nível da lubrifica??o, tendo mais dificuldade em se excitar e ficar preparada para a rela??o Sim?es (1985). O desejo, ao contrário, pode n?o se alterar, talvez até porque neste momento da vida, os filhos já est?o criados, as dificuldades superadas, a disponibilidade afectiva e o tempo de lazer é maior, o que facilita e favorece o desejo sexual. A quantidade t?o generosa no inicio da vida sexual dá lugar a uma vivencia sexual mais qualificada, em que o prazer do casal assenta na qualidade (Custodio, 2008). é importante desmistifica, os aspectos relacionados com a sexualidade no idoso, para que este n?o desacredite dos seus potenciais e adopte uma vida assexuada Lopez e Fuertes (1989). Uma sexualidade bem vivida, facilita a problemática existencial relativa à convivência com a idade avan?ada, aumentando o prazer de viver e a auto estima tanto para o homem como para a mulher. Concluindo com Sim?es (1985), a importancia de continuar o relacionamento amoroso, na velhice, é difícil de sobrestimar. O sexo acarreta mais do que a satisfa??o física directa, embora n?o se deva menosprezar a sua importancia
As doen?as s?o, talvez as maiores responsáveis pela inibi??o na resposta e funcionamento sexual. Isto deve-se n?o só às altera??es organicas induzidas e aos efeitos secundários dos tratamentos, mas também pelo carácter assustador da própria doen?a e ansiedade a ela associada. O modelo dominante de figura corporal atractiva baseado na juventude, elegancia, vigor físico, ausência de gordura e etc., influencia, de igual modo, o envolvimento sexual, sendo que os homens e mulheres que se sentem atractivos e que se sentem bem com o próprio corpo, têm maior probabilidade de ter rela??es sexuais satisfatórias. As mulheres pendendo a construir a sua própria imagem com base em julgamentos sobre a aparência física acabam por sair "perdedoras" neste campo, uma vez que, as rugas, os cabelos brancos e a gordura corporal tendem a aparecer mais cedo do que os homens, afectando negativamente a imagem que têm de si próprias. Pelo contrário, nos homens estas transforma??es est?o associadas a maior maturidade, sabedoria sendo consideradas muitas vezes atractivas.#p#分页标题#e# A falta de parceiro sexual constitui um outro problema à falta de sexualidade nos idosos, sendo uma das causas sociais mais importantes que limita os possíveis comportamentos sexuais. O ter tido uma história sexual na qual as rela??es sexuais se iniciaram tarde e, sobretudo, foram mantidas de forma irregular, com grandes intervalos de tempo, tem uma rela??o directa com a diminui??o da capacidade sexual na velhice. Aqueles que se evidenciaram mais capazes e sexualmente mais activos na velhice, s?o os que, ao longo da sua vida, tiveram comportamentos sexuais de forma regular e satisfatória. As rela??es rotineiras, insatisfatórias e conflituosas diminuem normalmente o desejo sexual e, com o tempo, as próprias capacidades sexuais.
As dificuldades económicas ou sócias, perdas sociais associadas à reforma, diminuem também o interesse e as capacidades sexuais, sobretudo pela situa??o de tens?o, dependência e marginaliza??o que podem provocar.
Envelhecimento Sexual Feminino A peri - menopausa consiste na ocorrência das primeiras altera??es do ciclo menstrual. As menstrua??es nesta fase s?o em geral mais espa?adas e com menos volume, no entanto podem também ocorrer de forma desregulada através do aparecimento de dois fluxos num mês, assim como, também poder?o existir alguns atrasos. Estas altera??es ocorridas ao nível da menstrua??o, est?o muitas vezes associadas a distúrbios neurovegetativos, como as ondas de calor e suores, cansa?o, náuseas, etc, sintomas que muitas vezes chegam a confundir a mulher no sentido que poderá estar grávida. Lopes (1994). A menopausa n?o deve ser encarada como um fenómeno abrupto, mas apenas como um facto normal do organismo, nomeadamente um processo de transi??o entre períodos menstruais regulares, que se tornaram irregulares até ao fim das menstrua??es. A menopausa é a fase da vida da mulher que cessa a capacidade reprodutiva. Os ovários deixam de funcionar e a produ??o de esteróides e peptídeo hormonal diminui e consequentemente se produzem no organismo diversas mudan?as fisiológicas, algumas resultantes da cess?o da fun??o ovariana e de fen?menos menopaúsicos a ela relacionados e outros devidos ao processo de envelhecimento. Quando se aproximam da menopausa, muitas mulheres experimentam certos sintomas, em geral passageiros e inócuos, porém n?o menos desagradáveis e às vezes incapacitantes. (OMS, 1996)
Altera??es ocorridas no organismo da mulher com a menopausa Ainda de acordo com este autor, esta situa??o vai originar uma conjunto de sintomas vaso motores, como ondas de calor e sudorese. As ondas de calor s?o causadas pela disfun??o dos mecanismos de controle da temperatura no hipotálamo como resultado da produ??o deficiente de estrogénio. Estas ondas de calor surgem de forma inesperada apresentando-se como uma ardume da parte superior do corpo, acompanhados por vermelhid?o, nesta fase ocorre também um aumento da distribui??o da gordura pelo corpo, suores e tonturas.#p#分页标题#e# O estreitamento e o encolhimento da vagina, assim como, a perda da elasticidade dos tecidos, diminui??o dos pelos púbicos e a menor lubrifica??o da vagina durante a excita??o, s?o também altera??es características do défice da produ??o de estrogénio. Estas altera??es podem provocar dor e desconforto para a mulher, durante as rela??es sexuais. Lopes (1994). Também podem surgir altera??es no ambito da flora vaginal, isto é dos microrganismos residentes na flora vaginal, ocorrendo uma maior predisposi??o para infec??es urogenitais reincidentes. A incontinência urinária de esfor?o, as infec??es urogenitais, podem também ser um factor perturbante a alterar a sexualidade feminina e do casal. Lopes (1994). A derme e espessura da pele, é também afectada com estas altera??es hormonais características deste processo, perdendo o brilho vivacidade, ficando mais seca, escamosa, acentuando-se mais rugosa. Lopes (1994). Com o passar do tempo que se segue à menopausa. surge a perda do teor mineral nos ossos, ou osteoporose que torna os osso mais susceptíveis a fracturas. A pós menopausa corresponde à extens?o da etapa anterior, mais tarde é identificada uma atenua??o das sintomatologias e adapta??o da mulher face a estes acontecimentos. No entanto podem surgir problemas mais graves como osteoporose e enfarte do miocárdio. Lopes (1994). é sabido que o envelhecimento por si só, n?o simboliza um factor de diminui??o do interesse nem do potencial sexual da mulher. O interesse e a capacidade para a resposta sexual, incluindo o orgasmo, n?o est?o dependentes da produ??o do estrogénio, como tal estes podem persistir pela vida fora da mulher se ela assim o desejar. No entanto, verifica-se nas mulheres que est?o a passar por esta fase uma mudan?a no tipo de resposta sexual. Estas mudan?as est?o intimamente ligadas às altera??es biológicas ocorridas no corpo da mulher. A resposta sexual torna-se mais lenta e menos intensa, como consequência da diminui??o do estrogénio. As mudan?as que v?o alterar o comportamento das mulheres no que concerne à actividade sexual est?o definidas em diferentes ambitos, nomeadamente, nas altera??es fisiológicas, altera??es na fase de excita??o, altera??es da fase de orgasmo e na fase da resolu??o Lopes (1994). Em rela??o às altera??es fisiológicas, como já foi referido anteriormente, est?o intimamente ligadas à diminui??o da produ??o do estrogénio e progesterona, à diminui??o do colo do útero, do útero e dos ovários, à diminui??o na espessura e elasticidades da vagina, assim como, da diminui??o da lubrifica??o da vagina, uma conjunto de altera??es que podem originar desconforto e incomodo para a mulher no acto sexual. Lopes (1994). Nas altera??es ocorridas no ambito da fase da excita??o, verifica-se uma resposta muito mais lenta, a redu??o da vaso congest?o genital. devido à diminui??o do fluxo sanguíneo pela quebra da produ??o de estrogénios. O aumento no tamanho dos seios torna-se mínimo ou ausente, ocorre também uma menor tens?o sexual na medida em que surge também uma diminui??o da massa muscular. Nesta fase ocorre também uma menor expans?o da vagina e menor lubrifica??o da mesma, a secura da vagina vai originar atrasos e lentid?o na lubrifica??o fazendo com que o coito possa causar dor devido a secura vaginal. Lopes (1994).#p#分页标题#e# No caso da altera??es ocorridas ao nível da fase de orgasmo, a resposta clitoridiana continua intacta, por outro lado existe uma diminui??o da dura??o do orgasmo e ocorrência de menos contrac??es vaginais, sendo estas também muito mais fracas. Lopes (1994). Por fim para as modifica??es surgidas na fase da resolu??o, verificam-se o aumento do tempo de retorno do estado pré - estimulatório, a redu??o da capacidade multiorgástica, irrita??o fácil do clitóris devido à redu??o do tecido adiposo. Surgem também sintomas de cistite ou uretrite após o coito demorado ou repetido em intervalo curto de tempo, chamada de cistite de lua- de mel. Lopes (1994).
Enquanto que para algumas mulheres após a menopausa o desejo sexual deixa de existir, noutros casos ele aumenta, apresentando algumas mulheres um apetite erótico. A menopausa favorece o aumento da libido, tendo em conta que a ruptura da produ??o de estrogénios, origina como contrapartida o aumento da produ??o de androgénios, através da produ??o da testosterona, que representam as hormonas da libido sexual. Assim como continua a existir a produ??o de hormonas que tem por fun??o activar a libido sexual e n?o surgindo a oposi??o dos estrogénios, podem originar em algumas mulheres o aumento do desejo sexual. O peso dos factores psicossociais representam uma importante papel na determina??o dos comportamentos sexuais dos indivíduos. A queixa sexual mais usual é a inibi??o do desejo, isto é falta de interesse em ter rela??es sexuais. Muitas mulheres fazem por obriga??o, para cumprir com os seus deveres morais e n?o perderem o seu parceiro. N?o se apercebendo que ao agir desta forma, só estragam a própria rela??o. Existem também casos que evoluem para fobias mais extremas, apresentando fobia ou avers?o sexual, onde o estimulo n?o é apenas indiferente como passa a ser algo repulsivo e provocador de distúrbios. Ocorrendo à necessidade da mulher procurar terapia para solucionar os problemas. Para o caso em que as queixas da falta se desejo sexual advém da monotonia conjugal, por ausência de fantasias, desconhecimento do corporal ou jogo sexual com estimula??o insuficiente ou inadequada, é possível ajudar a mulher através de terapia ou aconselhamento sexual. Lopes (1994). Para os casos em que o quadro sexual vem acompanhado de depress?o, a institui??o de medica??o específica pode originar a melhorias significativas.#p#分页标题#e#
Problemas sexuais decorrentes de altera??es organicas A inactividade sexual potencializa a senilidade vaginal, isto é, as mulheres que estejam na menopausa, mas que ainda assim possuam uma vida sexual activa v?o apresentar de modo significativo uma menor atrofia vaginal do que as inactivas. E também v?o apresentar uma maior diminui??o do seu peso corporal, pois de acordo com alguns estudos verificou-se que as mulheres que est?o na menopausa e que s?o inactivas sexualmente, potencializam o aumento do deu peso, como refere Ricardo Cavalcanti[1]. Os sintomas da menopausa mais comuns s?o essencialmente as ondas de calor, os suores nocturnos que v?o também afectar a vida sexual da mulher.
Problemas Sexuais decorrentes de altera??es psicossociais As cren?as criadas à volta do acto sexual, apenas entendido como forma de conceber filhos, uma vez que esta fun??o já está realizada na é necessário realizá-la mais. As mulheres que s?o sexualmente inactivas durante a menopausa podem reflectir também um deficiente desejo sentido ao longo de toda sua vida conjugal, e normalmente estas abandonam as actividades coitais, por pensarem e acreditarem que o sexo nunca teve grande importancia suas vidas. A falta de parceiro ou viuvez podem também considerar-se uma factor limitante para as mulheres que vivem a menopausa. A falta de comunica??o entre o casal, a vergonha de algumas de mulheres podem também considera-se num desencontro sexual. Lopes (1994). Menopausa cirúrgica——绝经 Algumas mulheres muitas vezes de forma inesperada s?o confrontadas com uma menopausa fora de horas, induzida cirurgicamente devido à remo??o do útero (histerectomia) ou remo??o bilateral dos ovários (ooforectomia). As mulheres que s?o sujeitas a estas cirurgias, apresentam uma diminui??o significativa da testosterona e estrogénios nos primeiros dias após a cirurgia. Algum tempo antes ou após a cirurgia elas s?o submetidas a tratamentos da reposi??o hormonal, fazendo com que o estrogénio garanta e integridade vaginal, prevenindo as ondas de calor, a sudorese. Por outro lados os prodestagénios previnem os efeitos colaterais da exposi??o prolongada do estrogénio. Os principais efeitos destas cirurgias para as mulheres s?o essencialmente, que funcionam como um forma de castra??o para a mulher. A remo??o to útero ou dos ovários na maioria das vezes representa a anula??o da feminilidade e reflecte na sua auto-imagem, auto - estima e sexualidade. Lopes (1994).
Existem também tratamentos n?o hormonais, ou através a introdu??o de medicamentos que imitam até em certo ponto as qualidades do estrogénio, exercendo apenas o aspecto benéfico desta hormona, a titulo de exemplo podemos considerar o Raloxifeno e a Tibolona. Em rela??o ao Raloxifeno, este apresenta vantagens no ambito do tratamento da osteoporose, possível redu??o de riscos de doen?as Cardio - vasculares, protec??o contra o cancro da mama, protec??o contra o cancro o endométrio, e possível preven??o para o cancro da mama. é de convir que este medicamento tem um custo altamente elevado, durante todo o tratamento, n?o diminui as ondas de calor, n?o diminui a dor na rela??o sexual, e n?o apresenta efeitos sobre a pela vagina e bexiga. A Tiboloma apresenta vantagens na media em que previnem também para a osteoporose, reduz os riscos de Doen?as Cardiovasculares, n?o se verifica nenhuma ac??o sobre a mama, ou sobre o endométrio, há uma possível preven??o para a doen?a de Alzheimer, aumenta a libido sexual e melhora a mucosa vaginal. Também s?o aconselhados a utiliza??o do uso de lubrificantes artificiais vaginais artificias, que s?o uma boa alternativa para a resolu??o da secura vaginal. Envelhecimento Sexual Masculino—— 老年男性的性
Homem Andropausa A compreens?o do próprio envelhecimento, acarreta crises emocionais que resultam na mudan?a de algumas posturas. A maneira de estar na vida por parte do sexo masculino, de uma forma geral ocorre com uma grande dificuldade de lidar com as perdas, e na facilidade no conviver e nos buscar o poder e as conquistas. Lopes (1994). Procurando alcan?ar tudo e todas e tendo que deparar com a sua condi??o humana, no geral em torno dos quarenta anos, o homem já n?o consegue manter o mito da máquina masculina, admitindo o fracasso e a velhice. Muitos dos homens nesta idade trocam de parceiras, por outras muito mais novas, tentando mostrar a virilidade que de certa forma come?a a se perder. Lopes (1994).#p#分页标题#e# O avan?ar da idade no homem, leva também à diminui??o da produ??o da testosterona livre, que pode contribuir para a diminui??o do desejo e da actividade sexual do homem. O envelhecimento origina também a perda de fibras sensoriais e nervosas periféricas, especulando-se a possibilidade que esta altera??o possa levar a uma diminui??o da sensibilidade nervosa aos estímulos eróticos. O testículo é para o homem, como o ovário para a mulher, apresentando essencialmente duas fun??es, nomeadamente a hormonal e reprodutiva. A diferen?a entre os homens e as mulheres está principalmente na segunda fun??o, que o homem mantém ao longo de toda a sua vida, mesmo que na sua prática se verifique uma baixa fertilidade com aumento da idade. No entanto a baixa fertilidade está ligada à capacidade fértil dos espermatozóides. Alguns homens que se encontram na casa acima dos sessenta anos de idade, geralmente apresentam sintomas como fraqueza, cansa?o, perda de apetite, tontura, palpita??o, redu??o do desejo sexual, redu??o ou perda da potencia, irritabilidade e perda da capacidade de concentra??o. A sexualidade do homem idoso tem sido muito estudada ao longo dos tempos, desde o final das décadas de quarenta, quando Kinsey[2] identificou um declínio na actividade sexual, na capacidade efectiva e orgástica e na frequência de erec??es matinais com o avan?ar da idade. Outros estudos de R. Schiavi e colaboradores, também foram realizadas sem o controle das doen?as que poderiam estar afectando o desempenho sexual dos homens idosos, e as conclus?es foram que:
A actividade e o interesse sexual diminuem com o avan?ar da idade.
O desejo sexual, a excita??o sexual e actividade sexual diminuem com o avan?ar da idade.#p#分页标题#e# Os indivíduos idosos que permanecem sexualmente activos, mesmo na presen?a de um decréscimo na capacidade erectora, est?o sob a ac??o positiva de outras variáveis. Entre as mudan?as ocorridas na fisiologia da resposta sexual masculina a partir dos quarenta e cinco anos de idade, as que se seguem s?o as mais notórias: Lopes (1994).
Tendo o desejo sexual, este já n?o é o mais capaz de produzir erec??o concomitante ou imediata.
é de convir que se por um lado existe perda genital, por outro pode - se ganhar mensalidade através da maturidade, das experiências de vida. Considerando a resposta sexual em três etapas fundamentais, nomeadamente sexo, excita??o e orgasmo, e fácil de depreender e verificar uma maior fragilidade por parte do sexo masculino face à perturba??o na fase de excita??o, podendo ate levar à impotência. Um sujeito que apresenta dificuldade de erec??o evita qualquer contacto, para n?o lidar com o fracasso. Para que o indivíduo consiga ultrapassar este problema o primeiro passo é procurar um especialista que realize um diagnóstico correcto. Podem existir diferentes causas para a disfun??o eréctil, pode ser de origem física através de problemas de origem vascular, neurológicas ou hormonal. Os tratamentos v?o ser definidos de acordo com os locais lesados.#p#分页标题#e# Se esta disfun??o n?o for motivada por uma causa organica, que ocorre na maioria dos casos, esta é gerada pela condi??o emocional, devido ao fracasso nas actividades sexuais. Quando esta situa??o acontece, a melhor solu??o passa pelo diálogo entre o casal e da explica??o por uma pessoa especializada, de forma que sejam esclarecidas todas as dúvidas do casal, ficando assente que se trata de uma situa??o normal. E sobretudo que esta deve ser menos valorizada, de forma a n?o provocar tanta ansiedade. Nos dias que correm já existem alguma solu??es para estes problemas através da ingest?o de alguns medicamentos que v?o ajudar a performance masculina durante o acto sexual. Outro problema que n?o deve ser deixado de lado refere-se à dificuldade de controlar a sua ejacula??o, o que é muitas vezes denominada de ejacula??o precoce. Este problema tem um carácter muito importante na medida em que n?o dá prazer à sua companheira. As causas para esta situa??o s?o muitas vezes derivadas a uma aprendizagem que condicionou a velocidade de ejacula??o. Ora para este caso também existe psicoterapia sexual no sentido de melhorar esta situa??o. Existem também problemas relacionados com a inibi??o do desejo sexual no homem que s?o muitas vezes apresentados no consultório.
Quadros clínicos que implicam uma mudan?a na sexualidade No caso de doen?a, n?o será apenas a parte sexual a ser afectada, mas sim todas as outras ac??es gerais do organismo, que ir?o limitar todas as actividades de vida diárias. A debilita??o motivada por doen?as crónicas, incluindo a fadiga e problemas respiratórios, inibem ainda mais os comportamentos sexuais, que apenas as altera??es neurológicas, endócrinas ou resultantes do consumo de medicamentos. O uso abusivo do álcool e tabaco s?o outra importante variável na suspens?o da libido, assim como, na obten??o e manuten??o da erec??o. Também os excessos alimentares, obesidade podem originar a apatia e desinteresse sexual. As doen?as reumáticas também influenciam a actividade sexual, uma vez que podem originar dor, desconforto e outros sintomas durante a actividade sexual. Estes sintomas ainda s?o mais acentuados com o aumento do sedentarismo dos indivíduos, originando excesso de peso e utiliza??o de posturas inadequadas dos indivíduos. A utiliza??o de drogas para o tratamento de outras doen?as pode também constituir um factor que irá condicionar a actividade sexual do idoso. Na causa grande maioria os medicamentos caracterizam-se por acontecer componentes que ir?o condicionar a actividade sexual. No entanto os psicotrópicos, os anti - depressivos e os bloqueadores dos receptores de H2 s?o os três principais grupos de drogas capazes de alterar a resposta sexual nos indivíduos.#p#分页标题#e#
Disfun??o sexual de origem psíquica no idoso Outra patologia psíquica que pode resultar em altera??es na fun??o sexual é o Transtorno de Ansiedade, em qualquer de suas formas (Generalizada, Panico, Fobia...). é também muito frequente, no homem, a ansiedade antecipatória a respeito de sua possível resposta sexual insuficiente para satisfazer sua companheira. Esse tipo de sentimento o leva a apresentar problemas de potência sexual de carácter psíquico com uma frequência assustadora. Em algumas circunstancias s?o outros transtornos organicos que provocam a disfun??o sexual, mas n?o por efeito directo desses transtornos sobre o aparelho sexual. Trata-se da diminui??o ou anula??o da actividade sexual por medo do agravamento das doen?as organicas, como por exemplo, da angina, do enfarto, da falta de ar, etc. No campo das doen?as psíquicas, a depress?o e a demência, tanto pela sintomatologia apresentada como pelos efeitos indesejados na medica??o, s?o as doen?as que mais limitam a sexualidade no idoso. Na demência, outros problemas podem surgir, já que alguns casos, dada a afecta??o na capacidade de pensar e discernir, podem surgir comportamentos inapropriados, perturbadores para quem cuida. No campo sexual, a hiperssexualidade, associada a comportamentos sexualmente inapropriados, devem ser encarados como parte da doen?a e n?o como uma op??o nova e consciente do doente. A abordagem a estes doentes deve ser compreensível, usando técnicas comportamentais que diminuam os estímulos, que distraiam o doente, n?o o repelindo ou isolando. Se necessário neste, como em todos os casos em que se justifique, deve procurar-se ajuda medica e respectiva interven??o farmacológica.
A sexualidade é mediatizada por factores biológicos, psicológicos, culturais e sociais. De entre todos eles, tem especial importancia o afecto. Isto porque, a espécie humana tem, n?o só apetências sexuais instintivamente pré-programadas, como também, necessidades e capacidades afectivas que frequentemente se associam à actividade sexual. Esta, se se desenvolver no contexto de rela??es afectivas, especialmente se se tratar de formas de enamoramento forte, tende a ser mais rica e gratificante. Os factores que influenciam a mudan?a de comportamento sexual na regula??o da sexualidade, faz-se pelo conjunto rituais familiares, pela distribui??o das tarefas entre homens e mulheres, pela express?o do desejo e da ternura, pela gest?o da intimidade entre os seus membros, pelo que é dito, pelos n?o ditos e inter-ditos, pelo clima, pelo tempo partilhado e pelo prazer de se estar junto. Corresponde à aprendizagem por impregna??o, diferente conforme as idades, as dinamicas da família e os contextos socioculturais (Santos, 2002:17). é preciso entender que o protagonismo da amizade, do amor e da companhia é a reciprocidade e a entrega sem limites. Só o amor traduzido em reciprocidade e fidelidade podem preencher e dar sentido a esta última etapa da nossa vida. Para o idoso, é imprescindível levar uma vida sexual saudável até ao final, acompanhado da pessoa amada, sentindo uma m?o que o acaricie, que o atrai e o ama, sendo esta a melhor raz?o para continuar a viver. O amor e a sexualidade est?o sempre a postos para serem redescobertos, aprendidos e revalorizados. à medida que a pessoa envelhece e as limita??es biológicas aparecem, surge a necessidade de fazer um inventário da sua vida sexual e uma avalia??o das rela??es sexuais mantidas até ent?o. Obtendo como resultado a constata??o de que o prazer n?o se reduz a uma parte do corpo, mas que todo ele participa. Parte do segredo está em descobrir que a express?o sexual n?o é uma quest?o de for?a, juventude, atletismo e produ??o, mas da própria capacidade sensual, que muitas vezes origina mais prazer, que as respostas genitais. A sexualidade humana implica duas linguagens complementares que nem sempre actuam juntas. A primeira linguagem é demasiado imperiosa, agressiva, dura, descontrolada, de exigências rápidas. (dos jovens). A segunda linguagem, empreende um jogo gratuito, lúdico e sem rodeios, com o único objectivo de transmitir felicidade e recebê-la. S?o pois as pessoas idosas que devem ensinar que o tacto, a carícia e a ternura, n?o est?o vinculados ao processo de envelhecimento biológico e, com a idade em vez de diminuir e deteriorar-se, aumentam em qualidade e necessidade para, como o melhor remédio, permitir viver com prazer e alegria. As pessoas idosas têm todo o tempo para expressar o amor entre si e n?o est?o pressionadas pelo relógio. Amam a qualidade, mais do que a quantidade de actos, amam a delicadeza dos gestos, e n?o a intensidade das descargas genitais dos jovens. Esta idade avan?ada é a idade dos grandes sentimentos sexuais e afectivos, já que, chega o momento em que a genitalidade integrada na sexualidade faz-se, primordialmente por sentimentos e afectos.#p#分页标题#e# Os idosos devem considerar a sexualidade na sua idade como um jogo relaxante, expansivo e ocupacional do tempo de que disp?em e ao qual têm direito. Por intermédio do jogo erótico livram-se do peso de todas as preocupa??es provenientes da vida real. Este jogo é um grande meio e uma das fun??es e significados da sexualidade humana, oferecendo às pessoas idosas a oportunidade de dar e receber da pessoa amada sem exigências de nenhum tipo. A sexualidade expressa em dois corpos idosos como fruto do amor, faz-se da do?ura, da suavidade, da benignidade, apaziguamento, gratuitidade, indulgência, compaix?o, delicadeza, vulnerabilidade, a ternura sobre dois corpos enrugados é a humaniza??o do genital, criando um clima que permite vivê-la com suavidade e delicadeza, convertendo-se em fonte de identidade e auto-estima. A carícia através do tacto, leva a que o idoso sinta o seu corpo como sendo valioso, desejado, atraente e querido, numa sociedade que o abandona. Mediante a comunica??o táctil, obtém-se uma comunica??o plena, como prova de existência de uma comunica??o do mais íntimo do ser. é uma sensa??o agradável que estimula as pessoas a aproximarem-se sem gerar de modo sistemático a necessidade de coito. Vai-se desencadeando em todo o corpo, indo parar ao cérebro, que avalia, e que depois aceita ou rejeita, a passagem à ac??o do contexto afectivo. O tacto tem uma intensa conota??o psíquica. N?o é uma simples sensa??o física, mas emo??o e comunica??o. Sente-se, ama-se, detesta-se e comunica-se por meio da pele. Por intermédio do tacto estabelece-se a primeira comunica??o quando se nasce e é a melhor linguagem que resta para falar no processo de envelhecimento. O contacto cutaneo é simultaneamente uma emo??o, uma comunica??o, algo que proporciona seguran?a. Os estímulos cutaneos s?o essenciais e imprescindíveis para a auto-realiza??o da pessoa idosa. Uma estimula??o táctil cheia de ternura é uma necessidade primária para aceitar de forma activa o processo de envelhecimento e que deve ser satisfeita para que as pessoas idosas continuem a desenvolver-se como seres humanos saudáveis e equilibrados (psíquico e físico). A estimula??o permanente da pele serve para manter o todo sensorial, motor e afectivo. Mediante o contacto físico, obtém-se a comunica??o plena do mais íntimo do ser. Somente o tacto pode satisfazer o profundo anseio do ser humano de fugir da solid?o. Os idosos podem ter diversas representa??es, significados e defini??es próprias sobre a sexualidade, podem encará-la como:
Uma forma de realiza??o.
A sexualidade dos idosos heterossexuais já n?o é bem aceita pela sociedade,
A institucionaliza??o surge por vezes da vontade do idoso que já sofreu algumas perdas e n?o tem condi??es para assegurar a sua permanência no domicílio, sendo neste último caso o recurso à institui??o conotado negativamente, entendido como negligência de uma obriga??o familiar. Muitas vezes, nas institui??es para a terceira idade, os servi?os s?o escassos, sem tradi??o, desenvolvidos em locais com pouca história e experiencia e desempenhados por técnicos sem forma??o específica na área da sexualidade e muitas vezes por indivíduos diferenciados tecnicamente na sua maior parte voluntários ou desempregados, limitando, por isso, a plena satisfa??o das necessidades afectivas e sexuais dos idosos. Por outro lado, a institucionaliza??o, por constituir o acesso ao estabelecimento de novas rela??es afectiva que podem induzir ao redespertar da sexualidade, sendo cada vez mais frequente a ocorrência de casamentos entre idosos na mesma institui??o. Assim, torna-se fundamental compreender as necessidades do idoso nas suas várias vertentes facultando-lhe espa?o, autonomia e privacidade para vivencias e exprimir a sua sexualidade, assegurando a sua dignidade e singularidade como pessoa.#p#分页标题#e#
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